quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Embaixada de Angola nos USA. Governo desnorteado quanto à manutenção do encerramento das contas


A justiça americana não desarma e depois de não ter, obtido uma justificação por parte de Angola, nos últimos 8 anos, sobre uma transferência, em forma de garantia bancária, de 50 milhões de dólares, emitida pelo então governador do Banco Nacional de Angola, Aguinaldo Jaime, em 2001, a três supostos investidores árabes, entretanto na lista negra nos Estados Unidos, por alegadas ligações a redes de terroristas e de tráfico de drogas.

Em função deste quadro, que afecta a actividade diplomática e a credibilidade do governo angolano, numa das praças mais importantes, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Carlos Feijó, garantiu estar o executivo a avaliar os motivos do encerramento, pela segunda vez, das contas da embaixada de Angola nos Estados Unidos. “Temos a informação de que uma outra instituição financeira cancelou as contas da embaixada de Angola. O mais importante é fazer uma avaliação das causas desse relacionamento com o sistema financeiro norte-americano”.

Ao proceder, no 17.01, o balanço do último trimestre de 2010, o governante preferiu não entrar em confrontação com as autoridades americanas, num aparente reconhecimento de ter havido alguma culpa do seu executivo, pois só assim se entende a sua afirmativa: “Angola fará o seu trabalho de casa” para averiguar o que se passa e recordou que, fruto de esforços legislativos e da luta contra o branqueamento de capitais, Luanda deu passos significativos e foi retirada dos países não cooperantes.
De acordo com Carlos Feijó, um encontro internacional avaliou, recentemente, de forma positiva o comportamento de Angola no cumprimento das principais diretivas do sistema financeiro internacional.
A embaixada abriu as contas no Sonabank Southern National Bankcorp of Virgínia no final do mês passado, depois de o Bank of America lhe ter encerrado as contas.
Na altura, essa decisão do Bank of America criou fortes tensões entre Luanda e Washington.
Afirmando estar interessado em ajudar Angola, o Departamento de Estado norte-americano lembrou que não pode obrigar nenhum banco a aceitar clientes, mas escreveu uma carta de recomendação ao Sonabank.
Só que, entretanto, o banco escreveu à embaixada a anunciar que encerrava as suas contas após uma análise legal do seu histórico bancário.
No entanto, o banco não especificou que transações encontrou que podem ser consideradas questionáveis.

Um comentário:

  1. quem acha que está de pé acautele-se, p' que não caia pq a queda será grande

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