sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Portugal. Cavaco diz que se pode publicar o que se quiser que só depois das eleições é que vai ler


O candidato presidencial Cavaco Silva disse no 13 que a comunicação social pode publicar o que quiser e investigar tudo, mas que só depois das eleições “talvez” possa ler, numa alusão a notícias sobre uma casa de férias no Algarve.
Confrontado esta tarde em Chaves durante uma ação de campanha com as notícias publicadas no dia 12 pela revista Visão sobre o processo de aquisição de uma casa de férias no Algarve, Cavaco Silva começou por exclamar: “o desespero já é muito grande, então o desespero já deve ser muito grande”.
Cavaco Silva acrescentou depois que podem-se fazer todas as investigações e publicar-se “o que se quiser. Façam todas as investigações que quiserem, publiquem tudo que depois do dia 23 talvez eu possa ler”, declarou, lembrando apenas que tem “mais propriedades” que herdou do pai também no Algarve.
A edição da revista Visão avança que a escritura do lote da casa de férias de Cavaco Silva na praia da Coelha não se encontra no registo predial de Albufeira.

Governo "não dispõe de indicadores" para rever previsões de crescimento
O ministro da Economia, Vieira da Silva, disse, também no dia 13 que o Governo não dispõe de “nenhum indicador” que leve a esperar uma desaceleração da economia superior à que o executivo prevê para 2011.
“Não temos dados, não há nenhum indicador que nos leve a rever essa previsão [0,2 por cento de crescimento em 2011] já que ela é realista do ponto de vista de incluir a desaceleração provocada pela política de austeridade, mas também realista ao incluir os efeitos positivos de uma dinâmica do setor exportador, que está a ultrapassar todas as expetativas”, disse, em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros.
Questionado sobre as previsões do Banco de Portugal – que no seu Boletim de Inverno previu uma contração de 1,3 por cento em 2011 -, o titular da pasta da economia começou por realçar que o executivo “não ignora que a política de austeridade e de consolidação orçamental que está a ser concretizada vai ter um efeito de desaceleração da economia”.
Mas acrescentou que os indicadores mais recentes sobre o comércio internacional apontam para uma “dinâmica de crescimento da economia”.
Sobretudo, reforçou, “aquela que é explicada pela dinâmica da procura externa, continua forte e continua a permitir-nos uma perspetiva nesse domínio positiva sobre a economia portuguesa”.
O governo considera que não tem neste momento nenhuma evidência que leve a considerar que essa desaceleração seja mais forte que aquela que o Governo consubstanciou na previsão que está estabilizada no Orçamento
Vieira da Silva lembrou ainda que o Banco de Portugal já reviu em alta o crescimento do produto em 2010, de 0,4 por cento previstos para 1,3 por cento.

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